quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Rosane de Oliveira -Todos querem mais

Cópia do Jornal Zero Hora

PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA 20 de setembro de 2011

Foi o governo oferecer 23,5% para os soldados da Brigada Militar, em duas parcelas, que o índice virou referência para outros servidores da área da segurança pública. Todos querem, no mínimo, o mesmo índice e não se comovem com o argumento do governador Tarso Genro de que é preciso dar aumento maior para quem ganha menos. A Polícia Civil, que num primeiro momento havia emitido sinais de que aceitaria o reajuste de 10%, agora quer os mesmos 23,5% dos soldados.

– Não há como dar 23,5% parelho para todo mundo – avisou Tarso, ontem.

Em um almoço com jornalistas, o governador definiu a queima de pneus e outros atos violentos como “atentados clandestinos contra o Estado democrático de direito”. Definiu os protestos como uma “atitude de confronto” contra a hierarquia da instituição:

– Estão querendo desmoralizar seus chefes.

À tarde, em reunião de duas horas com representantes dos policiais civis que querem reajuste idêntico ao dos soldados, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, ofereceu os mesmos R$ 91 de acréscimo no salário básico (R$ 40 em outubro e R$ 51 em abril de 2012) propostos aos brigadianos. Como o básico dos soldados é mais baixo, o percentual de acréscimo para sargentos, tenentes e policiais civis seria inferior. O Piratini alega que não há dinheiro para oferecer reajuste maior e diz que seu compromisso é a recuperação gradual do poder de compra dos salários.

Para mostrar que o governo está no limite de suas possibilidades, Pestana faz uma comparação: o aumento dado aos 150 mil professores tem impacto de R$ 310 milhões; a proposta feita aos 55 mil servidores da área da segurança custa R$ 290 milhões.

Assim que fechar essa negociação, o governo terá de encarar dois outros focos de pressão: os delegados, que reivindicam equiparação com os procuradores do Estado e têm assembleia no próximo sábado, e os oficiais da Brigada Militar. O governo descarta a possibilidade de atender esse pedido porque significaria praticamente dobrar o salário dos 943 delegados (561 ativos e 382 inativos). Já os oficiais da Brigada querem aumento e ameaçam o governo com uma operação batizada de “Legalidade”, que, na prática implica reduzir o número de viaturas e homens nas ruas. A Brigada tem hoje 2.273 oficiais em atividade e 1.334 inativos.

Comentário:

No dia 12 de setembro o Grupo Centauro visitou a redação do Jornal Zero Hora - repercussão da visita na edição do dia 13 - para esclarecer, entre outros itens, que a proporção entre oficiais ativos e inativos deveria ser feita entre todos os oficiais da ativa e não somente entre os Coronéis. 

Pedimos também para que se mencionassem as outras carreiras de nível superior. 

Com muita satisfação constatamos que a Zero Hora, através da Rosane de Oliveira - na matéria copiada acima – corrigiu essa injustiça. 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

CARTA ABERTA AO GOVERNADOR E À POPULAÇÃO DO RIO GRANDE DO SUL



           A Associação dos Oficiais da Brigada Militar quer se manifestar em relação aos últimos acontecimentos de terrorismo que consta gestados por brigadianos.
           Os bacharéis oficiais de Nível Superior da Brigada Militar, do Capitão ao Coronel, a unanimidade repudiam atos terroristas.

            Nunca na história estivemos tão mobilizados em torno da indignação quanto à forma de tratamento discriminatório com relação as demais carreiras que exigem os mesmos pré-requisitos dos nossos oficiais.
            Há como disse no seio de toda a oficialidade da ativa e da reserva uma “revolta” quanto a contrapartida que recebemos em função da nossa inequívoca utilidade para a SEGURANÇA DOS GAÚCHOS e GOVERNABILIDADE DO ESTADO.
             Estamos mais do que nunca conscientes da força que tem os oficiais da Brigada enquanto categoria. Somos legalistas, disciplinados e ordeiros, não confundamos com conformistas e cordeiros.
             Não participamos de nenhum movimento para ninar o Sr. Governador, para engambelar o Governador, muito menos para atacá-lo. Nosso movimento é de DESPERTA GOVERNADOR, ACORDA GOVERNADOR. Os oficiais são seus aliados, como sempre foram de todos os governadores, tanto na Legalidade de 1961, como em outros movimentos. A Brigada Militar está do lado do Governador. Trate o cérebro da instituição com dignidade e manterá sempre a nossa lealdade.
              Não permita que partidos políticos venham a atacar nossos pilares básicos de hierarquia e disciplina, e mais, que tratamento desigual faça nos deprimir, com consequências indelevelmente maléficas a segurança do Povo do Rio Grande. Reiteramos ainda apoio aos pleitos da categoria de nível médio.

 “SOMENTE QUEM ESTÁ DENTRO DO BARRIL É QUE SABE A ALTURA DA ÁGUA”.

José Riccardi Guimarães
Presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar

Carta publicada no Portal da AsOfBM e nos órgãos de imprensa do RS.

O GRUPO CENTAURO se solidariza com o teor da carta da nossa Associação – AsOfBM - e reitera a sua destinação de ajudar a defender e fortalecer a carreira de Nível Superior.


domingo, 18 de setembro de 2011

Pra não dizer que não falei de fogos. Correio do Povo


Autor Oscar Bessi Filho

Há leitores da coluna preocupados. Têm medo do que pode acontecer se a onda de protestos por melhores salários aos PMs gaúchos continuar. Digo, fiquem calmos. Há muitos anos e governos que se fala em ter segurança pública, mas não se quer ter despesa com os profissionais que a promovem. Há muito se promete valorização, mas, na hora, se descobre que não se tem dinheiro para isso. Claro, para outros poderes sempre tem. Mas, para professor e policial, nunca. Mesmo com essa situação toda, mesmo com legislações que só tornam o cidadão cada vez mais refém e a autoridade cada vez mais frágil, ainda assim podem descansar. Há quem lute pela sociedade. E são muitos. A imensa maioria. Pode haver quem queime pneus, quem grave vídeo ameaçador. Como pode haver quem faz pior: cobre pelo policiamento, se venda para quadrilhas ou cometa crimes com a farda. Sim. São humanos. E são diversos.

Mas, enquanto o caro leitor lê essas notícias, lá fora, anonimamente, milhares de policiais não param de correr atrás do lixo social que cai em suas mãos. Do descaso que joga multidões na vala fétida da miséria e da exclusão. Da tribo de drogados, bêbados e bandidos. Do descalabro, fruto de corrupções, desvios e imoralidades de toda ordem que lhe cai na frente para dar um jeito. Porque qualquer um, ao se apertar, chama a Brigada. Indivíduo ou órgão público. É 190. E quer atendimento. E nem pergunta se o policial está bem, está precisando de algo, se está disposto. Ele está ali para isso e pronto. E ele atende. Podem conferir. As cadeias não pararam de receber bandidos em nenhum momento. Todos os dias.

Agora, não peçam para que eles estejam felizes porque vão receber pouco mais de mil reais. Calculem. Um aluguel, simples, é em torno de R$ 600. Um rancho em torno de R$ 400. Bem simples. Água, luz, telefone. Gasolina, se tiver carro. E roupas. E o colégio dos filhos. Quanto se precisa mesmo para sustentar uma família e ter uma vida decente? Quanto se precisa, mais do que isso, para ter perspectiva? Sonho?

Mas fiquem calmos. Os policiais vivem sob tensão, todos os dias, nas suas horas de serviço. É sua profissão. Ir onde tiver conflito e resolver. Ir onde tiver armas em ação e ser o primeiro alvo quando assaltantes decidirem atacar um banco. Juntar pedaços de crianças acidentadas. Socorrer mulheres vítimas de violência. Em casa, contas o esperam. Pratos vazios. E crianças suas vendo crianças de bandido, ou de esperto, tendo o que elas não têm. É. Mas fique calmo. Natural que eles não estejam felizes. Mas a grande maioria, caro leitor, pode apostar, ainda está disposta a morrer por ti sem chiar. E nem te conhece.

Artigo Publicado no Jornal Correio do Povo de DOMINGO, 18 DE SETEMBRO DE 2011.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A BRIGADA MILITAR ENTRE A UNIÃO E O ESTADO NA VISÃO CONSTITUCIONALISTA

Clique na foto para ampliar.
 O Grupo Centauro, seguindo a sua destinação como grupo de estudos sobre a carreira de nível superior, reuniu-se ontem dia 13/09, para o encontro mensal no Clube Farrapos, com a presença de grande número de Oficiais da Ativa, da Reserva e Reformados, inclusive vários Capitães, para ouvirem uma palestra, de grande conhecimento técnico proferida pela Prof. Dra. SUSANNA SCHWANTES, Assessora jurídica do governo do Estado, atuando no GAE – Grupo de Assessoramento Especial,  na elaboração dos Projetos de Leis que dizem respeito aos servidores públicos, bem como todas as matérias referentes aos recursos humanos.
  A palestrante falou sobre a BRIGADA MILITAR e a sua atual inserção na constituição federal, demonstrou grande conhecimento e domínio sobre o tema.  Explanou, detalhadamente, a situação das Polícias Militares na Constituição sob o ponto de vista técnico e político. Realçou a ligação com as Forças Armadas e com a legislação federal e as peculiaridades que a legislação estadual enfrenta para normatizar a Polícia Militar e os direitos dos servidores militares estaduais, agindo como “suplementação” das normas federais.
.Disse que vivemos num regime federado complexo com distorções, divergências constitucionais e um emaranhado de leis que possibilitam diferentes interpretações, “esquecimento de dispositivos”, interesses vários e declarações múltiplas de inconstitucionalidade.
 Falou sobre a diferença entre remuneração e subsídios, para quem se destinam e o caminho para serem obtidos, sublinhando que as Polícias Militares são organizações de Estado e não de governo, e que seus servidores podem ser pagos por subsídios. Disse que outras categorias já mandaram suas propostas para a análise do Governo Estadual.  
                  Sugeriu a elaboração de uma Lei Complementar que regulamente o artigo 22 da Constituição Federal para organizar as Polícias Militares em todo o Brasil e que estabeleça as diretrizes, já que o vínculo com a União pode fortalecer e aumentar a capacidade para dar suporte orçamentário, técnico e material. É evidente esta relação aproximada das polícias militares com a União, diferenciadas daquelas com relação aos servidores civis. 
 Ao final, depois de responder muitas perguntas, algumas delas veementes, foi aplaudida de pé pelos Oficiais Centauros.
 Major Jaqueline entrega flores à palestrante.
O Grupo Centauro concluiu que dois temas são de relevante importância para serem tratados e estudados:
1.    O conjunto de leis federais e os dispositivos constitucionais sobre as PM precisam, urgentemente, ser adequados mediante uma regulamentação complementar, para que o Estado tenha liberdade para legislar sobre as questões das PM;

2.    O remuneratório a ser conquistado através do mecanismo permanente da pressão com convencimento técnico e político.


O Grupo Centauro continuará a ouvir pessoas que possam nos trazer diferentes enfoques, tanto técnicos quanto políticos. Na próxima reunião, dia 04/10 ouviremos  Deputados Estaduais.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Zero Hora registra visita do Grupo Centauro à Tulio Milman

O Jornal Zero Hora de hoje - 13/09 - em seu Informe Especial, na página três, escrita pelo Jornalista Tulio Milman, registra a visita do Grupo Centauro com o subtítulo de Diálogo. Cópia a seguir:

“Os Coronéis da Brigada Militar Sílvio Ferreira, Dílson Bressan e Cláudio Núncio estiveram ontem na redação de Zero Hora, em visita ao Informe Especial.
Eles são representantes do Grupo Centauro, que reúne Oficiais da ativa e aposentados.
De forma democrática e cordial, manifestaram suas posições sobre as reivindicações da categoria.
“Dentre as carreiras do Estado de nível superior com exigência do curso de direito, nós somos os que recebem os menores salários, argumentaram”.


Confira os itens abordados clicando aqui:
 http://grupocentauro.blogspot.com/2011/09/grupo-centauro-visita-o-jornalista.html

PSICOLOGIA DE BRIGADIANO

JUREMIR MACHADO DA SILVA - CORREIO DO POVO, 13/09/2011


Os brigadianos andam queimando pneus em busca de salário melhor. Meu pai era brigadiano. Eu sempre quis entender a psicologia dos policiais, militares ou não, brasileiros. É uma profissão estranha. Ganha-se muito pouco para correr risco de vida em defesa da sociedade. Policial só tem deveres. Não pode fazer greve. Não pode fazer manifestações fardado. Por qualquer coisa, cadeia. Deve morrer por nós tendo como recompensa um salário miserável. Mesmo ganhando muito pouco, deve ser ético, responsável, bem-educado, sereno, boa gente e heroico. Nossa sociedade é hipócrita. Quer bons policiais, mas não quer gastar muito com eles. Policial é pago com impostos. A sociedade quer excelentes policiais e poucos impostos.

Se eu fosse brigadiano, pegaria cana todo mês. Faria greve e exigiria ganhar muito mais. Brigadianos só pagam o pato. Arriscam-se por nós e são vítimas de preconceito. Tem gente que sente medo de policial. Vê o policial como inimigo, o repressor. É assim com qualquer agente da lei. O sujeito que dirige falando ao telefone fica indignado quando recebe multa. Brigadiano, até pouco tempo, era chamado de "pé de porco". Policial civil era "rato". O machismo autorizava falar em "mulher de brigadiano", esposas que ficariam felizes em apanhar. Eu, se fosse brigadiano, queimaria muito pneu por aí. Exige-se que o policial não seja corrupto. Mas ninguém o recompensa por essa probidade posta à prova diariamente. Eu não me arriscaria a morrer por quem quer que seja por menos de R$ 1 mil mensais. Minha vida custa um pouco mais. Uau!

Vereadores, deputados, juízes, promotores públicos, médicos, todo mundo ganha mais do que policial e professor. Por quê? Mera questão de quantidade. A sociedade precisa de mais professores e policiais. Logo, logicamente, eles devem ganhar menos. Eis o paradoxo que ninguém enfrenta. Sonhamos com uma tropa submissa e corajosa, que morra por nós sem pedir aumento. Um vereador não pega sol ou chuva na rua, salvo quando esquece o guarda-chuva ou vai à praia faltando a uma sessão no parlamento. Policiais e professores funcionam como pilares sociais. Quem os valoriza por tudo o que fazem? São obrigados a fazer cumprir leis esdrúxulas aprovadas por legisladores que ganham muito mais e ainda se corrompem. Morrem no campo de batalha do cotidiano. Ninguém dá bola. Faz parte da profissão. Problema deles. Policial é como poste. Ninguém cumprimenta nem afaga.

Todo vereador, deputado e senador deveria ser obrigado a ser policial e professor por uma semana. Aí, eles veriam o que é bom para a tosse. Iam se urinar de medo. A maioria aceitaria um trocado para arredondar o final de mês. Uma parte daria no pé 1 hora depois. Ser policial é padecer no inferno e ainda bater continência. Queimar pneu é pouco diante da péssima remuneração. Eu sempre me pergunto: por que alguém quer ser policial? Mais duro do que isso, só professor. O sujeito faz uma licenciatura, paga caro e vai ganhar R$ 400 reais para educar filho malcriado dos outros. É mole? É pura dureza.

MANIFESTAÇÃO DO GRUPO CENTAURO: 

Continência longa e aplausos para o jornalista Juremir Machado da Silva. Parabéns, pelo ótimo artigo. Só quem vive o ambiente brigadiano reconhece a história, a natureza, o sacrifício e a grandeza do brigadiano e da servidão militar.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Grupo Centauro visita o Jornalista Tulio Milman

 Foto de Humberto Trezzi
Hoje, dia 12, integrantes do Grupo Centauro visitaram o Jornalista Tulio Milman, na redação do Jornal Zero Hora, para manifestarem o descontentamento dos Oficiais da Carreira de Nível Superior com a informação veiculada na página do Informe Especial – dia 09/09/2011, sob o título “Boi na sombra”.

Durante a conversa foram esclarecidas várias dúvidas e, principalmente, a falta de dados corretos que o jornalista possuía. Nesse contato informal foram apresentados ao jornalista os pontos discordantes inseridos na matéria.

Quanto à relação de um Coronel que trabalha para 15 na reserva, foi esclarecido que os números honestos, para qualquer comparação,  devem tomar como referência o universo de toda oficialidade e não somente o do último posto. Deve ser exatamente como é feito na relação entre ativos/inativos do Ministério Público, da magistratura, da Procuradoria Geral do Estado e dos Delegados de Polícia.  Estes, por já iniciarem suas carreiras “no ápice”, e nele se aposentarem, não possibilitam aquela relação numérica enganosa.

O Grupo Centauro manifestou estranheza de a matéria ter sido produzida um dia após o presidente da AsOfBM, em audiência com o Governador do Estado, entregar projeto de tratamento igualitário dos Oficiais da Carreira de Nível Superior com as demais carreiras jurídicas do Estado. Tulio Milman reconheceu a inoportuna coincidência e afirma que não sabia e nem tinha noticia de que isto tinha acontecido.

O Grupo Centauro disse ao Tulio que não concorda com a adjetivação inadequada de “Boi na sombra” e, ainda, informou ao jornalista que tem recebido muitos e-mails e manifestações postadas nas redes sociais de contrariedade. Ele afirmou que usou essa adjetivação para minimizar a seriedade da matéria e que tão logo recebeu a primeira reclamação se deu conta de que tinha sido um título inadequado. Disse que se fosse fazer novamente a matéria não colocaria esse título.

O Jornalista Tulio Milman ficou, de nas próximas matérias, considerar as informações recebidas e afirmou que em momento algum teve a intenção de constranger os Coronéis. Disse, ainda, que concorda que a Carreira de Nível Superior da Brigada, por ter como exigência de ingresso o bacharelado em Direito e ter o menor salário em comparação as demais carreiras com idêntica exigência, é coerente buscar a melhoria salarial equivalente.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

BOI NA SOMBRA – Linguagem chula e inadequada de Tulio Milman na Zero Hora.


O jornalista Tulio Milman no INFORME ESPECIAL – ZERO HORA 09/09/2011 de forma inexplicável e, coincidentemente, na véspera das negociações por recomposição salarial da categoria dos Oficiais de nível superior composta por Capitães, Majores, Tenentes Coronéis e Coronéis, utiliza-se de linguagem chula e totalmente inadequada.

Cópia do texto do jornalista:

BOI NA SOMBRA”. “Nem tudo são agruras na vida dos policiais gaúchos, especialmente daqueles que chegam ao topo da pirâmide.
Existem hoje 431 coronéis aposentados da Brigada Militar. Na ativa, são 29.
Para cada um que trabalha, cerca de 15 estão na reserva, com salários médios de R$ 15,5 mil. A idade média com a qual esses oficiais penduraram a farda é de 52 anos.
Antes que comece a caça às bruxas: os coronéis aposentados não fizeram nada de errado. Tudo está rigorosamente dentro da lei. Se houver vontade política, é possível corrigir essa distorção, pelo menos daqui para frente.
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Os Oficiais da Brigada Militar, ao ler a matéria escrita pelo Jornalista, ficaram com a certeza de que ele iniciou uma série falando dos Coronéis, mas que a partir de amanhã falará dos Delegados de Polícia, dos Promotores, dos Desembargadores e Juízes, dos Procuradores do Estado e dos Defensores Públicos Estaduais, enfim de todas as carreiras de nível superior do Estado do RS.

Saliente-se que todos – repetimos todos – ganham muito mais que Coronel. E, é claro, também tem centenas e centenas de aposentados.

Conhecendo a trajetória do nobre jornalista acreditamos que ele foi assessorado por pessoas com intenções escusas que o fez “pisar na bola” e aparecer publicamente como “BOI DE PIRANHA”.

Apenas para lembrar:

Boi de piranha é uma expressão popular brasileira. Pode designar uma situação onde um bem menor e de pouco valor é sacrificado para que em troca outros bens mais valiosos não sofram ameaça. Pode designar também o ato de alguém se sacrificar para livrar outra pessoa de alguma dificuldade.
A expressão vem do meio rural, onde criadores de gado, ao atravessar um rio infestado de piranhas, abatia um dos touros e atirava seu corpo, sangrando, ao rio, para atrair os peixes carnívoros enquanto ele próprio e o resto da manada conseguiria passar a outra margem sem serem incomodados. Uma expressão análoga é "bucha de canhão".
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O Grupo Centauro repudia com veemência atitudes como essa que tentam prejudicar pessoas que entregaram a sua juventude e grande parte das suas vidas na defesa das pessoas e de seus patrimônios.

O Jornalista além de escrever "meias-verdades" e tentar desqualificar os Coronéis com adjetivação pouco lisonjeira, fere a dignidade de uma categoria profissional que sempre exerceu suas funções de comando e de direção nos diversos escalões da Brigada Militar com honradez e determinação, o que fez da Brigada Militar, em quase duzentos anos de existência, exemplo de organização pública não só no Estado, mas em todo o Brasil.

O Grupo Centauro alerta que a relação Coronéis da ativa/Coronéis aposentados (reserva), foi maliciosamente contextualizada e está servindo para desinformar a opinião pública e desprestigiar a oficialidade. Os números honestos, para qualquer comparação dessa natureza, devem tomar como referência o universo de toda oficialidade e não somente o do último posto. Exatamente como é feito na relação entre ativos/inativos do Ministério Público, da magistratura, da Procuradoria Geral do Estado e dos Delegados de Polícia.  Estes, por já iniciarem suas carreiras “no ápice”, e nele se aposentarem, não possibilitam aquela relação numérica enganosa.

Estranha, também, o Grupo Centauro, que casualmente essa atitude foi plantada um dia após o presidente da AsOfBM, em audiência com o Governador do Estado, entregar projeto de tratamento igualitário dos Oficiais da Carreira de Nível Superior com as demais carreiras jurídicas do Estado.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

PRESIDENTE DA ASOFBM ADOTA NOVA POSTURA


No ultimo dia, 1º o Grupo Centauro manifestou a sua discordância com as declarações feitas pelo presidente da AsOfBM em apoio a atos criminosos e de incitamento à indisciplina que estavam ocorrendo no nosso Estado, cuja autoria alguns atribuíam a integrantes da BM.

 A discordância surgiu em razão das publicações que foram feitas no Site da própria AsOfBM, retiradas do Jornal Zero Hora. Copiamos a seguir apenas três:
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“29/08/2011- Zero Hora registra declaração do Presidente da ASOFBM

Reportagem do Jornal Zero Hora de sábado (27/08) reproduz declaração do Tenente-Coronel José Carlos Riccardi Guimarães sobre os protestos realizados pelas praças da Brigada Militar.

A matéria é a seguinte:

“Sem meias palavras, o tenente-coronel da reserva opina:
-Somos solidários as praças que estão revoltadas. Estou mais preocupado com a fome dos brigadianos do que com a quebra de hierarquia”

- 2 -

30/08/2011- Presidente da ASOFBM concedeu entrevista para o Jornal Gazeta do Sul

PARTE DA ENTREVISTA

“...Gazeta do Sul - Esses protestos não podem gerar uma onda de indisciplina?

Riccardi - Estou mais preocupado com o momento de fome que vivem os brigadianos do que com eventuais arranhões de disciplina. A situação dos PMs é caótica. O tratamento com a segurança está corrompido. A população está pagando caro por isso, com o aumento da criminalidade.

Gazeta do Sul- Como os oficiais estão colaborando com o movimento?

Riccardi - Estamos nos organizando, aquecendo os motores do interior para algo grande. Quando o cérebro da BM se envolve o movimento se torna ainda mais pensado, com resultados a médio e longo prazo. E os oficiais da ativa estão prontos para colocar a cara na rua.

Gazeta do Sul- Como os oficiais veem os protestos nas estradas?

Riccardi - Estamos solidários com as praças que estão queimando pneus porque nós estamos queimando as nossas economias. As palavras de ordem hoje são indignação, mobilização e valorização. É um fato histórico os oficiais da ativa estarem prontos para “virar a mesa” e é isso que vamos fazer. Nós sabemos como esse levante começou, mas como vai terminar só Deus sabe.

Gazeta do Sul- Que tipo de mobilização pode ser esperada dos oficiais?

Riccardi - Salvo algumas exceções, quase 100% dos oficiais estão indignados. Estamos prontos para entrar em ação. Na minha opinião o governo está querendo ganhar tempo. Mas ele tem que saber que por enquanto nós só estamos dando apoio as praças. Nós não queimamos nada ainda. Mas estamos estudando qual será a melhor forma de fazer o governo ouvir as nossas preces. Estamos raciocinando de que forma vamos dar o troco”...

Para ver a entrevista completa clique aqui. http://www.asofbm.com.br/noticias/index.php?id=1358&tipo=3

- 3 -

31/08/2011 - ZH registra manifestação do Ten Cel Riccardi em apoio ao movimento das praças.

Reportagem publicada na página 35 do Jornal Zero Hora, edição de 31/08, cita manifestação do presidente da ASOFBM em relação à reivindicação salarial dos soldados da Brigada Militar.

O texto é o seguinte:

As reivindicações ganharam o apoio de PMs mais graduados. O presidente da Associação dos Oficiais (ASOF), José Riccardi Guimarães, esteve ontem na Abamf para prestar solidariedade e apoio às reivindicações. A Asof promete participar de ações, organizando um “movimento pela legalidade”, impedindo de rodar viaturas com peças danificadas ou impostos atrasados. 


Com satisfação o Grupo Centauro transcreve abaixo a entrevista concedida ao Jornal Zero Hora, no dia 05 (segunda-feira), pelo Presidente da AsOfBM, onde ele adota nova postura e posiciona-se, agora, contra os protestos com queima de pneus:

ZERO HORA 05/09/2011- “Tenente-coronel da reserva e presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar (AsOfBM), José Carlos Riccardi Guimarães apoia as reivindicações das praças e soldados, mas não os protestos com queima de pneus. Confira trechos da entrevista:

Zero Hora – A Associação dos Oficiais tem relação com esses protestos?

José Carlos Riccardi Guimarães – Com queima de pneus trancando estradas, absolutamente não. Nenhuma ligação. Agora, com protestos ordeiros, estamos ligados de forma intestinal e fraterna.

ZH – A sua associação sabe quem participa das trincheiras incendiárias?

Riccardi – Temos notícias de que são grupos descontentes ligados a partidos do governo. Mas não temos provas. São pessoas que querem desfocar o real objetivo do problema, que é a situação de fome da família brigadiana.

ZH – Se um sargento da reserva sabe quem são os envolvidos, como justificar que oficiais não saibam?

Riccardi – Porque não faço parte de quadrilha nenhuma. Represento uma associação de nível superior da Brigada, que são os oficiais”.

O Grupo Centauro de Oficiais da Ativa e da Reserva há quase dois anos, trabalha para que o debate e condução dos assuntos da categoria sempre ocorram em ambiente harmônico, que resguarde a hierarquia e a disciplina, apanágio da Corporação, e que o resultado obtido possa efetivamente auxiliar na consecução dos objetivos comuns pretendidos pelos oficiais de nível superior. Por isso parabeniza o presidente da AsOf por passar, agora, a portar-se como integrante da Carreira de Nível Superior da BM,  utilizando em seus contatos o respeito a hierarquia e a  disciplina e por ter entendido que a Associação que representa os Oficiais da Carreira de Nível Superior não pode apoiar ou fazer qualquer ato de indisciplina.


O Grupo Centauro continua, tal como as demais entidades representativas, acreditando no diálogo com o governo e que é possível o atendimento das nossas reivindicações por vias que não incluam o desrespeito à hierarquia e à disciplina e, principalmente, por vias que levem prejuízos à população que sofre com intimidações e insegurança provocadas por tais atos.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Grupo Centauro discorda do Presidente da ASOFBM

          O Grupo Centauro, constituído por Oficiais da ativa e da reserva da Brigada Militar, em razão das inúmeras manifestações recebidas de oficiais da Carreira de Nível Superior e até de integrantes de outras entidades associativas, vem a público manifestar a sua discordância com as declarações feitas pelo presidente da AsOfBM em apoio a atos criminosos e de incitamento à indisciplina que vem ocorrendo no nosso Estado, cuja autoria vem sendo atribuída a integrantes da BM.
          O Grupo Centauro reafirma o apoio, já prestado anteriormente, aos pleitos salariais de todas as categorias da Brigada Militar.

Reunião dos Centauros em Santa Cruz do Sul instala o Grupo na região



 Nesta quarta feira, dia 31, integrantes do Grupo Centauro reuniram-se com expressivo número de Oficiais da Ativa e da Reserva residentes no Vale do Taquari e no Vale do Rio Pardo, a reunião foi na cidade de Santa Cruz do Sul no Salão de conferência do Aquarius Apart Hotel, para instalarem o Grupo Centauro daquela região, que ficará, inicialmente, com a coordenação do Major Gastão Gal. A cada reunião poderá trocar o coordenador nos moldes das reuniões em Porto Alegre.


Inicialmente o Coordenador do Grupo em Porto Alegre fez uma exposição do que é Grupo Centauro e quais são os seus objetivos. Explicou que o Grupo Centauro é um grupo informal, constituído por Oficiais da Carreira de Nível Superior da Brigada Militar e que só podem participar das reuniões: Coronéis, Tenentes Coronéis, Majores e Capitães. Disse que o grupo só usa o seu Blog para registros e informações e que não tem escrituração formal. Salientou que o Grupo dedica-se, basicamente, a valorização da carreira dos Oficiais de Nível superior, através de estudos e difusão de princípios e a produção de sugestões que são encaminhadas ao Comando da Brigada Militar, a Parlamentares e autoridades com as quais o Grupo se relaciona.  Enfatizou que o Grupo desde a sua criação, vai completar dois anos, propugna sempre pelo cumprimento rigoroso da hierarquia e disciplina, da legislação existente e o trato cordial e educado com as autoridades e todos os interlocutores.


Durante a reunião vários Oficiais usaram da palavra sempre enfatizando a necessidade de difusão pública do que é a Carreira de Nível Superior. Os debates revelaram alguns temas novos que foram discutidos e serão estudados pelos grupos de trabalho.


Após os trabalhos os Centauros participaram do almoço de confraternização, no próprio hotel, que reforçou ainda mais a amizade entre colegas.


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Ao final da tarde os integrantes do Grupo Centauro- Porto Alegre deslocaram-se ao Quartel do 7º Batalhão de infantaria Blindada para levar o seu abraço ao Comandante da unidade Coronel José HERCULANO Azambuja Junior pela sua promoção na data de hoje. O Cmt proporcionou uma visita as instalações do 7ºBIB e um deslocamento interno a bordo de um dos blindados.



GRUPO CENTAURO RECEBE A COORDENAÇÃO DO GRUPO BRACELETES



Na manhã do dia 30/08/2011, no Clube Farrapos, os Oficiais coordenadores do Grupo Centauro receberam os Oficiais coordenadores do Grupo Braceletes. A reunião, a convite do Centauro, visou o estabelecimento de metas comuns para ajustar, dentro da característica de cada um dos grupos, o modo de intervenção pública e o posicionamento diante da necessidade de fortalecimento da carreira de nível superior, bem como a consequente valorização da mesma, através da paridade salarial com os delegados de polícia e demais carreiras jurídicas.

A coordenação do Grupo Centauro, que existe há dois anos, integrado por oficiais da ativa e da reserva, reafirmou que o Grupo deseja o fortalecimento da ASOFBM e pauta sua atuação sempre no respeito e no prestigio ao Comando da BM e aos valores da Instituição. Enfatizou que as ações do Grupo são no sentido de esclarecer os oficiais e as autoridades que lá comparecem, sobre a legislação vigente relativa à carreira e a necessidade de seu cumprimento pelo Governo do Estado, especialmente no que concerne a questão salarial, e procura fazê-lo de forma consentânea ao perfil da carreira, que não pode acolher qualquer ato ou palavras de incitamento a desordem.

O Grupo Centauro, todo esse tempo, trabalha para que o debate e condução dos assuntos da categoria sempre ocorram em ambiente harmônico, que resguarde a hierarquia e a disciplina, apanágio da Corporação, e que o resultado obtido possa efetivamente auxiliar na consecução dos objetivos comuns pretendidos pelos oficiais de nível superior.

O representante do Grupo Braceletes, acompanhado de vários Oficiais, agradeceu o convite e a recepção e disse quais os motivos que levaram a criação do grupo Bracelete e falou que estava animado pela disposição do Grupo Centauro, reconhecendo o trabalho e a dedicação do mesmo no trato das questões da categoria.
Informou que a intenção do Grupo Braceletes coincide com a do Centauro, no sentido de ajudar a ASOFBM na busca de objetivos comuns da carreira de Oficiais de nível superior. Disse que o Grupo Braceletes, hoje, está envidando esforços para que a ASOFBM realize uma Assembléia Geral Extraordinária, anseio de toda a oficialidade, para um debate mais profícuo, pontual e voltada aos interesses da classe.

Salientou ainda que o Grupo Braceletes quer, com o apoio do Grupo Centauro, afinar o discurso, sair da inércia, participar ativamente e formar uma frente integrada, determinada e alinhada à ASOFBM com medidas prudentes e inteligentes para poder formular propostas marcantes na reunião.

O Grupo Centauro, que através de estudos e debates nas inúmeras reuniões realizadas, definiu objetivos para a carreira a partir do estudo da legislação que a criou, e pelos quais vem lutando mediante esclarecimentos e proposições encaminhadas ao Comando da Corporação, a parlamentares e a todos que de uma forma ou de outra participem do processo decisório no Estado sobre a questão salarial.

O Centauro colocou-se à disposição dos Braceletes para novas reuniões e entende que a conjugação de esforços e de experiências deve ser somada, para a consecução do objetivo maior do fortalecimento e do reconhecimento da carreira.