O legado da copa para a segurança pública
A Copa do Mundo de futebol, antes contestada por uns e defendida por
outros, trouxe a todos nós e
deixou aqui um enorme legado de novas experiências, sensações e ideias. Talvez
a gente saia dela menos medroso, bem menos disposto a repetir os erros que
estávamos cometendo e não tínhamos a coragem de constatar e, como convêm as
mais desenvolvidas democracias, “abrir a boca”.
Vamos começar pela pesquisa contratada
pelo Grupo RBS e realizada pelo IBOPE de 13 a 16 de julho, bem no final da
copa, apontando que a SEGURANÇA é a segunda maior preocupação dos Gaúchos, com
44%, estando somente a saúde na frente.
Durante o mês da copa os porto-alegrenses
e os que aqui estiveram, viram e sentiram uma agradável “sensação” de
segurança, mostrada, sobejamente, através da presença ostensiva de Policiais
Militares, com seus meios e recursos materiais, patrocinados pela copa.
Assistimos os populares andando sem medo pelas ruas da cidade, confiantes no
bom serviço da Polícia Ostensiva, que ressaltava através da presença em
quantidade totalmente visível do policiamento.
Ficou claro que a presença da
polícia ostensiva nos espaços públicos é fator inibidor do crime e dos desvios
de conduta. Restou claro, também, que os aparatos tecnológicos, usados para a
detecção das condutas irregulares, são complementares ao serviço policial e não
devem ser, de forma alguma, a estrela maior da segurança pública.
Na contramão das necessidades de uma adequada prestação de polícia preventiva o efetivo policial, ao longo dos anos, vem diminuindo. Vejamos em 2012 – não será citado o efetivo atual como forma de preservação estratégica do emprego de efetivo - a lei de efetivos da Brigada Militar previa um total de 34860 e ao final do ano existia 21818, faltava portanto, 13042 PM. Já na carreira de nível superior – autoridade policial militar – temos a previsão de 634 Capitães e a falta de 319.
Na contramão das necessidades de uma adequada prestação de polícia preventiva o efetivo policial, ao longo dos anos, vem diminuindo. Vejamos em 2012 – não será citado o efetivo atual como forma de preservação estratégica do emprego de efetivo - a lei de efetivos da Brigada Militar previa um total de 34860 e ao final do ano existia 21818, faltava portanto, 13042 PM. Já na carreira de nível superior – autoridade policial militar – temos a previsão de 634 Capitães e a falta de 319.
A crescente necessidade do
policiamento ostensivo junto da população e as dificuldades das Policias
Militares em atender, adequadamente, esses anseios, faz com que outras
organizações comecem a tomar “corpo”, aumentando consideravelmente seus
efetivos e assumindo atividades de prevenção na área da segurança pública.
Essa falta de efetivo para a
execução da Policia Ostensiva está prejudicando a população, a Brigada Militar
e a Carreira de Nível Superior que se vê tolhida de planejar e realizar com
quantidade e qualidade adequada o policiamento para suprir as necessidades e os
anseios da sociedade.
Portanto, é hora de buscar
caminhos e abrir portas que nos ajudem a diminuir a tensão e a sensação de medo
e de perda que começam a tomar forma.
Mas o que seria bom, de
verdade, é se essa Copa deixasse uma inquietação para todo mundo em buscar
soluções permanentes.
Grupo Centauro