Manifestação
do presidente da ASOFBM causou indignação na Secretaria de Segurança Pública.
Transcrição
do jornal O Sul de Sábado, 05 de Maio de 2012. Coluna do Wanderlei Soares.
Choque
de ideias sobre força-tarefa.
Recebi
em minha torre, ontem, mensagem do secretário-adjunto da Secretaria de
Segurança Pública do RS, Juarez Pinheiro, em que, não obstante se mostre ferido
por dois textos deste humilde marquês, contra eles não revela animosidade
maior, mas, sim, direciona sua plena indignação contra um manifesto do
presidente da AsofBM (Associação dos Oficiais da Brigada Militar), José Carlos
Riccardi Guimarães, veiculado neste espaço, ontem, sexta-feira. Trata-se,
portanto, de um enfrentamento verbal, por ora, entre o líder da oficialidade da
Brigada com o segundo mandatário da pasta da Segurança gaúcha. A raiz da
discussão está na força-tarefa, constituída de 200 brigadianos, que serão
deslocados do interior, durante sessenta dias, para combater a criminalidade em
Porto Alegre e Região Metropolitana. Transcrevo "ipsis verbis" a
mensagem de Juarez Pinheiro. Sigam-me.
Desqualificação
"Prezado
Senhor: Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Senhoria para, preliminarmente,
saudá-lo pelo interesse que demonstra, na maior parte de suas crônicas, pelo
tema da segurança pública. Também, de forma preliminar, gostaríamos de renovar
nossa posição de que a liberdade de imprensa é apanágio inafastável da
democracia. Não há democracia sem liberdade de imprensa. Assim, por óbvio,
qualquer gestor público que não se afaste da busca permanente do interesse
público precisa ter a sabedoria de acatar as críticas recebidas no desempenho
de sua função institucional. Não só acatar. Também aproveitar as críticas
justas para aperfeiçoar a execução das políticas públicas pelas quais é
responsável. Há aproximadamente 02 (dois) meses Vossa Senhoria teceu críticas,
em duas colunas, atingindo diretamente meu nome. Tratavam da divulgação de
estudos de Departamento desta SSP, relativamente às causas de homicídios em
nosso Estado. Achei ambas as colunas equivocadas. Mas dentro de meu
posicionamento de respeito às criticas oriundas dos meios de comunicação achei
por bem silenciar. Também porque achei que o cronista não usou de má-fé. Não
poderia, porém, deixar de fazer-lhe, hoje, no mínimo, um registro, face sua
coluna desta data, 04/05/2012. Fiquei perplexo como pôde ceder quase todo seu
espaço, maculando não só sua digna coluna como o próprio Jornal, que vem se
caracterizando pela seriedade, a um cidadão (Riccardi Guimarães) que prima de
forma gritante pela desqualificação, despreparo, destempero e desconhecimento
sobre políticas de segurança pública. C aro Wanderley: minha resposta a este
destemperado, que como coronel espero que tenha sido um bom médico, seguirá em
outros fóruns. Digo apenas que é graças a ignorantes em segurança pública, como
este provocador, que o Rio Grande do Sul, lamentavelmente, tenha, na última
década, aumentado tanto seus índices de criminalidade, penalizando nossa
população e que nossos trabalhadores em segurança pública tenham alcançado os
baixos índices salariais que encontramos quando assumimos o governo. Saudações
respeitosas." ...
Quero retificar o meu comentário anterior, substituido pelo presente. Começo então fazendo minhas a palavras percucientes do colega Cel Macedo no seu comentário no Blog do Bengo. Reconheço então forte cunho de realidade nas palavras do nosso presidente da Asof, que até podem ter sido expressões exageradas, mas foram observações institucionais, não contendo ofensas pessoais. Já a resposta do Sr. Adjunto da Segurança, com todo o respeito a sua pessoa, refletem um descontrole emocional e destempero democrático para o cargo que ocupa, demonstrando não saber equilibradamente conviver com os contrários sem perder os seus conceitos. Fez pior que o que "pensa" que lhe foi feito. Como contribuinte que também paga os seus estipêndios, tenho o direito de exigir mais qualificação para esta importante missão se segurança, que vai da minha família ao povo riograndense. Ofendeu pessoalmente o Cel Riccardi, o que exige uma retratação formal e pública, como foi a injúria que perpetrou. E mais, o Sr. Adjunto, ao final, tenta, de forma perversa, jogar a oficialidade contra o Presidente da Asof sugerindo que o aumento da criminalidade e baixos vencimentos devem-se a condutas como a do Presidente
ResponderExcluirCel RR Luduvicus