Professor Nique
Dia 10,
quinta feira, no Clube Farrapos, no encontro mensal dos Centauros, o
palestrante foi o Professor Doutor Walter
Meucci Nique que
com a sua experiência de Secretário de Estado, Professor de Universidades do
Brasil e da França, brindou o significativo numero de oficiais da Carreira de
Nível Superior presentes, por quase duas horas, com palestra de agradável
conteúdo.
Oficiais da carreira de Nível Superior
O
Professor Nique começou mostrando a sua percepção de segurança pública no
Brasil e no mundo – comentou sobre vários países da Europa e da América.
Detalhou, um pouco mais, sobre a França onde morou por cinco anos.
Mostrou,
didaticamente, o começo do desenvolvimento da sociedade através da revolução
Industrial que foi um marco no encontro de soluções através de um
conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A
principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho
artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas. Classificou, ainda,
as três etapas da Revolução Industrial:
A Primeira etapa da Revolução
Industrial
Entre 1760 a 1860, a Revolução
Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o aparecimento de
indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o
aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.
A Segunda Etapa da Revolução
Industrial
A segunda etapa ocorreu no
período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como Alemanha,
França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a
utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a
invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de
produtos químicos foram as principais inovações desse período.
A Terceira Etapa da Revolução
Industrial
Alguns historiadores têm considerado os
avanços tecnológicos do século XX e XXI como a terceira etapa da Revolução
Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam
algumas das inovações dessa época.
Disse que a partir daí o homem intentou a
incansável busca do conhecimento, em todos os campos, para facilitar, cada vez
mais, a organização, o desenvolvimento e o bem estar da humanidade.
Discorreu sobre a realidade e o mundo virtual
caracterizando-o como o uso de diversas tecnologias digitais
para criar a ilusão de uma realidade que não existe de verdade, fazendo a
pessoa mergulhar em mundos criados por um computador.
Enfatizou que após a revolução industrial e a incansável
busca do conhecimento surgiu o avanço da tecnologia, apresentando a multidisciplinaridade e a pluralidade das decisões dificultando o domínio pelo homem, sendo
necessária a criação das especialidades.
Salientou que a busca efetiva do conhecimento é uma
construção solitária e depende de cada um e das suas vontades.
A seguir, discorreu sobre a necessidade do uso da motivação,
da atualização e da valorização do grupo.
Coronel Pafiadache descrevendo o que é o Grupo Centauro
Após foi servido pelo Buffet Dona Laura o jantar de
confraternização.
Apesar de não ter ficado para as perguntas devido a motivos pessoais, a palestra foi uma daquelas para refletir, na medida em que sinaliza uma tendência tecnológica em todos os setores, inclusive na segurança pública. Uma tendência que reduz a quantidade de pessoas para assumir formas e funções mecânicas. Na segurança pública, a vigilância eletrônica começa a assumir o lugar do policiamento, desonerando a presença real dos efetivos visíveis ao cidadão. Assim, as estratégias passam a priorizar a presença potencial motorizada, em que os policiais agem por despacho quando as câmaras detectarem sinais de possíveis irregularidades ou por chamado para atender fato já consumado. No mundo desenvolvido estas estratégias estão em pleno desenvolvimento, porém sem descartar efetivos, pois são eles que se relacionam, fazem o contato diário com as comunidades, trabalham a tecnologia e são considerados a riqueza da força policial de defesa da sociedade.
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