sexta-feira, 9 de setembro de 2011

BOI NA SOMBRA – Linguagem chula e inadequada de Tulio Milman na Zero Hora.


O jornalista Tulio Milman no INFORME ESPECIAL – ZERO HORA 09/09/2011 de forma inexplicável e, coincidentemente, na véspera das negociações por recomposição salarial da categoria dos Oficiais de nível superior composta por Capitães, Majores, Tenentes Coronéis e Coronéis, utiliza-se de linguagem chula e totalmente inadequada.

Cópia do texto do jornalista:

BOI NA SOMBRA”. “Nem tudo são agruras na vida dos policiais gaúchos, especialmente daqueles que chegam ao topo da pirâmide.
Existem hoje 431 coronéis aposentados da Brigada Militar. Na ativa, são 29.
Para cada um que trabalha, cerca de 15 estão na reserva, com salários médios de R$ 15,5 mil. A idade média com a qual esses oficiais penduraram a farda é de 52 anos.
Antes que comece a caça às bruxas: os coronéis aposentados não fizeram nada de errado. Tudo está rigorosamente dentro da lei. Se houver vontade política, é possível corrigir essa distorção, pelo menos daqui para frente.
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Os Oficiais da Brigada Militar, ao ler a matéria escrita pelo Jornalista, ficaram com a certeza de que ele iniciou uma série falando dos Coronéis, mas que a partir de amanhã falará dos Delegados de Polícia, dos Promotores, dos Desembargadores e Juízes, dos Procuradores do Estado e dos Defensores Públicos Estaduais, enfim de todas as carreiras de nível superior do Estado do RS.

Saliente-se que todos – repetimos todos – ganham muito mais que Coronel. E, é claro, também tem centenas e centenas de aposentados.

Conhecendo a trajetória do nobre jornalista acreditamos que ele foi assessorado por pessoas com intenções escusas que o fez “pisar na bola” e aparecer publicamente como “BOI DE PIRANHA”.

Apenas para lembrar:

Boi de piranha é uma expressão popular brasileira. Pode designar uma situação onde um bem menor e de pouco valor é sacrificado para que em troca outros bens mais valiosos não sofram ameaça. Pode designar também o ato de alguém se sacrificar para livrar outra pessoa de alguma dificuldade.
A expressão vem do meio rural, onde criadores de gado, ao atravessar um rio infestado de piranhas, abatia um dos touros e atirava seu corpo, sangrando, ao rio, para atrair os peixes carnívoros enquanto ele próprio e o resto da manada conseguiria passar a outra margem sem serem incomodados. Uma expressão análoga é "bucha de canhão".
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O Grupo Centauro repudia com veemência atitudes como essa que tentam prejudicar pessoas que entregaram a sua juventude e grande parte das suas vidas na defesa das pessoas e de seus patrimônios.

O Jornalista além de escrever "meias-verdades" e tentar desqualificar os Coronéis com adjetivação pouco lisonjeira, fere a dignidade de uma categoria profissional que sempre exerceu suas funções de comando e de direção nos diversos escalões da Brigada Militar com honradez e determinação, o que fez da Brigada Militar, em quase duzentos anos de existência, exemplo de organização pública não só no Estado, mas em todo o Brasil.

O Grupo Centauro alerta que a relação Coronéis da ativa/Coronéis aposentados (reserva), foi maliciosamente contextualizada e está servindo para desinformar a opinião pública e desprestigiar a oficialidade. Os números honestos, para qualquer comparação dessa natureza, devem tomar como referência o universo de toda oficialidade e não somente o do último posto. Exatamente como é feito na relação entre ativos/inativos do Ministério Público, da magistratura, da Procuradoria Geral do Estado e dos Delegados de Polícia.  Estes, por já iniciarem suas carreiras “no ápice”, e nele se aposentarem, não possibilitam aquela relação numérica enganosa.

Estranha, também, o Grupo Centauro, que casualmente essa atitude foi plantada um dia após o presidente da AsOfBM, em audiência com o Governador do Estado, entregar projeto de tratamento igualitário dos Oficiais da Carreira de Nível Superior com as demais carreiras jurídicas do Estado.


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