domingo, 6 de março de 2011

Audiência...

                                                       
                                   O último informativo da Asof noticiou que o presidente da entidade e mais dois assessores foram recebidos na Casa Civil com a finalidade de dar início às “tratativas da entidade com o governo na busca de reposição salarial”. Até aí, nada demais. Só que quem recebeu o líder máximo da categoria dos Oficiais da Brigada Militar foi uma assessora dos Movimentos sociais, isto é, uma funcionária “Cargo em Comissão”, tipo quinto escalão.

                                   Vejo no episódio um equívoco e uma desconsideração. Equívoco porque a Asof não é um “movimento social” do tipo MST, MAF ou coisa que o valha – ainda que um ex-comandante nosso tenha vestido um boné desses certa feita, por sinal em governo do mesmo partido do atual. Nossa associação é uma entidade de classe, que congrega os líderes de uma Instituição mais do que secular e cuja importância não sou quem vai mostrar aqui e agora, visto que todos a conhecem e sabem bem do que se trata.
                                   Desconsideração porque mereceríamos no mínimo que o Chefe da Casa Civil nos recebesse e digo “nos” porque o presidente Riccardi estava lá representando os associados. Ao designar uma assessora, quem nem subchefe é, o titular da Pasta simplesmente demonstrou o seu deboche, o seu escárnio, claro que tutelado pelo governador, que tem pela BM e seus Oficiais. Quando o CPERGS esteve em palácio na semana anterior não me consta que tal assessora tenha sido quem recebeu as dignas representantes do magistério gaúcho.

                                   E acho que também o preclaro Presidente da entidade também pisou na bola porque deveria, ao ver por quem seria recebido, se retirar incontinenti, declinando os motivos e exigindo ser recebido pelo Chefe da Casa Civil. Ao depois, deveria ter oficiado energicamente ao Senhor Governador e publicado nota oficial repudiando o ato.

                                   Se no início do governo já somos tratados dessa forma, como o seremos depois... E não me consta também que, quando em campanha, o Sr. Tarso tenha mandado um assessor visitar nossa associação. Fê-lo pessoalmente, certamente porque lhe convinha. Agora, porém, parece que não mais... Tem coisas que a alguns dos nossos nunca aprendem...


 Coronel RR  Rogério T.  Brodbeck - Jornalista e Advogado

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